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CATARINA, A ENFERMEIRA DE CUNHA ASSINTOMÁTICA

28 de Abril de 2020 | Manuel Tinoco
CATARINA, A ENFERMEIRA DE CUNHA ASSINTOMÁTICA
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“JÁ NÃO TENHO COVID-19, ESTOU DE REGRESSO AO TRABALHO”

Catarina Cunha, 23 anos, natural e residente em Cunha, Caselhos, é enfermeira e foi contagiada durante o exercício da profissão, no passado mês de março, em Vigo. em Vigo. Ficou em isolamento durante vinte e três dias.. “Já fiz os dois testes. Deram negativo. Estou de regresso ao trabalho”. Entretanto, Catarina, que também já trabalhou na Unidade de Cuidados de Paredes de Coura, lamentou que os seus contactos directos “não tenham sido rastreados logo no início”, com a justificação de que não tinham sintomas. Entretanto, no 14º dia de isolamento de Catarina e dos pais, o progenitor começou a ter sintomas, falta de apetite e de paladar e febre durante três dias. Feito o respectivo teste, viria a revelar-se positivo, aguardando os resultados finais, no dia em que redigimos esta notícia (24 de Abril).

Embora infectada com a Covid-19, Catarina garante que nunca teve qualquer sintoma. Não tomou qualquer medicamento. O vírus esteve nela e desapareceu. Neste ponto mora o perigo. “Devia haver mais cuidado de todas as pessoas, o perigo não vem só de quem sabe que está infectado, uma vez que ficam em isolamento, mas o maior perigo vem exactamente de quem está infectado e não sabe, porém, continua a fazer quase uma vida normal. Como, por exemplo, as pessoas que vão às compras sem uma máscara, estando assim a constituir um perigo real para as outras”.

Questionada sobre o período de isolamento, Catarina assume que custou “Ainda mais quando não podes ter contacto com as pessoas que amas e que são o teu colo quando precisas”. O mau tempo já passou. Está de volta ao trabalho, mas, ainda assim, não esconde o receio de voltar a ser infectada. “Quando não estou em trabalho penso nisso, mas quando estou a trabalhar estou de tal forma absorvida que esqueço o que se está a passar no mundo”. Porém, ainda debaixo da dúvida sobre se o ser humano pode ou não ser contagiado novamente pela doença. “Sinceramente não sei quando chegará a vacina… mas espero que venha o quanto antes”, disse ainda Catarina Cunha.

 

 

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