Cuide de si, dos seus e dos outros

Opinião

Estamos a viver um momento difícil. Uma situação que coloca toda a humanidade num só nível e num mesmo patamar. A proliferação deste maldito vírus. Uma situação tão real e tão próxima que nos amedronta e ao mesmo tempo nos dá a força para proteger os nossos e para ser solidário com os mais fragilizados.

É o que eu sinto! E vocês, caros leitores, também sentem este medo, esta confusão e ao mesmo tempo esta força interior?

Apesar de todas as recomendações, existem ainda diferenças de comportamento em função do problema que estamos actualmente a viver. Há quem relativize e considere que nada lhe vai acontecer. Há também quem entre em pânico a ponto de sentir todos os possíveis sintomas de uma doença ingrata e desconhecida. Uma doença de elevado poder contagioso. E há também quem esteja a tomar as devidas precauções, sem dramatismo, mas com muita cautela. Muita mesmo, principalmente quando se tem em casa alguém vulnerável. O que se avizinha não vai ser fácil para nós e vai testar o nosso poder de resiliência, de aceitação e de encaixe. Teremos que ter muita calma, principalmente com quem está mais próximo e sobretudo com os mais vulneráveis.

O que dizer mais sobre esta avalanche que teima em não parar de crescer. Sejamos conscientes, colocando de parte as nossas diferenças, e olhemos de frente para o que está a acontecer, em Portugal e no resto do mundo. Todos precisamos estar cientes que o nosso papel é preponderante no meio deste dramático cenário. Somos peças fundamentais para conseguirmos domar este demónio invisível. A tentação espreita a todo o momento. Temos o dever de reduzir, ou mesmo evitar o contacto social presencial durante esta fase ativa de contágio.

Se é para ficar em casa, fiquem em casa caros leitores, e aproveitem todos os momentos junto da sua família. Assumam totalmente este afastamento físico, mas só se puderem. Mas não se afastem emocionalmente dos outros, sejam eles amigos, colegas ou meros conhecidos. Existem muitas formas de estar presente, como por exemplo um telefonema, uma mensagem, ou todas as possibilidades que a internet nos oferece, principalmente nas redes sociais. Façam uso disso, caros leitores! Não se afastem totalmente daqueles que não sendo família também são importantes.

Estes dias de isolamento físico vão servir para reflectir sobre o que realmente importa, apesar da sombra que paira sobre as nossas cabeças. A nossa humanidade está à prova. Sejamos cumpridores, fortes e muito tolerantes.

Passemos com louvor por este desafio ingrato e esperemos por melhores dias.

Cuide de si, dos seus e dos outros… principalmente dos mais vulneráveis!