A ROMARIGUENSE SABRINA AMORIM TEM DOIS AMORES: DIREITO E FUTEBOL PROFISSIONAL

Destaque

Historicamente foram “ceifadas” às mulheres possibilidades profissionais de estudo e de liberdade.

Construímos uma sociedade dentro da qual mulher não joga a bola e homem não chora; menina veste de rosa, menino de azul; menina brinca com a boneca, menino com a bola; menina pode ser sensível, menino tem que ser valente.

O desporto e o futebol em particular foram sempre vistos como “coisa de homem e para homens”. Felizmente estas crenças limitantes foram-se desconstruindo aos poucos e a mulher começa a impor-se nos campos, nos bancos, nas bancadas, nas administrações, nas redacções e nos estúdios.

Sabrina Amorim, mulher romariguense de 38 anos, é um belo exemplo disto mesmo, a sua paixão e afirmação pelo desporto provam ao mundo e a si mesma que a sociedade e o futebol não podem mais existir sem o feminino disseminado por todas as suas entranhas.

Licenciada em Direito, com pós-graduação em Direito do Desporto pela Universidade Católica de Lisboa, a Sabrina é a partir de agora também pós-graduada em Organização e Gestão no Futebol Profissional, pela Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto (onde aliás se licenciou) e pela Talent Business Center-Liga Portugal.

A Sabrina, neste seu caminhar pelas várias vertentes do Direito, organização e dirigismo desportivo, faz parte da direcção da Associação Portuguesa de Direito Desportivo, tendo já integrado o departamento jurídico de uma SAD e de um clube, para além das funções anteriores, é ainda vice-presidente, em exercício, do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras.

Com vários projectos em mente, nomeadamente na área do futebol profissional (sem deixar de lado outras modalidades), alguns a desenvolver em colaboração com outros profissionais da sua área de competência, a Sabrina disse-nos ter actualmente em mão uma proposta para colaborar no departamento jurídico de um grande clube.

Bela e decidida, com um sorriso conquistador, a Sabrina, nunca esquecendo a exigência e o rigor do Direito, promete, a seu jeito, ver o jogo enquanto poesia e não embalado como mercadoria.

Parabéns Sabrina, parabéns campeã.