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PSD COURENSE QUER SAIR DA HIBERNAÇÃO: CALDAS E COMISSÃO ADMINISTRATIVA PREPARAM FUTURO

Com a ausência de candidatos a presidente, a concelhia do PSD acabou liderada por uma comissão administrativa. E liderada por um homem que conhece muito bem o partido e aquela estrutura. José Augusto Caldas diz que não tem disponibilidade para chefiar o PSD courense, mas no entretanto vai evitando o vazio directivo e prepara o regresso em força da concelhia.

Depois de um processo eleitoral atribulado e bastante prolongado no tempo, e sem que aparecessem candidatos à liderança da Comissão Política de Secção de Paredes de Coura do PSD, a alternativa surgiu, como o Notícias de Coura noticiou na altura, com a criação de uma comissão administrativa, que irá gerir os destinos daquela estrutura, previsivelmente até Março de 2019. A liderar esta comissão, escolhido pelos militantes, ficou José Augusto Caldas uma figura com provas dadas no partido, quer em Paredes de Coura onde já assumiu diversos cargos tanto no PSD como em órgãos autárquicos, quer a nível distrital, integrando a equipa de Carlos Morais Vieira, que lidera actualmente a Comissão Política Distrital.

A principal tarefa de José Augusto Caldas é, como frisa o mesmo, preparar a eleição da nova equipa que irá presidir aos destinos da concelhia courense do Partido Social Democrata. “Esta comissão tem um mandato que termina em Março de 2019 e até lá temos de preparar a eleição dos órgãos concelhios do partido”, explicou José Augusto Caldas ao NC.

Uma tarefa onde conta com a colaboração de outros elementos que também integram a referida comissão administrativa, nomeadamente António Fernandes, Fernando Cunha, Hermínia Pereira, Vitor Domingues, o último presidente da concelhia, e ainda Venâncio Fernandes, candidato social-democrata à Câmara courense nas últimas eleições autárquicas. “Mas não é um processo fechado”, refere José Augusto Caldas, explicando que “podem e vão ser convidados outros militantes para integrarem diversos projectos específicos de actividades que temos em mente”.

Na opinião de José Augusto Caldas, a comissão administrativa surgiu como uma das soluções face à ausência de candidatos, o que não significa que tenha sido a derradeira solução. “Há sempre várias soluções e esta foi uma delas. E na minha opinião esta solução é a que garante um PSD forte, também para bem dos courenses”, reforça o actual líder social-democrata.

Já quando questionado se esta comissão vai também ter um papel a desempenhar no aparente alheamento dos militantes, dado o vazio de candidatos do início do ano, José Augusto Caldas diz que esse “maior distanciamento” tem várias justificações. E uma delas, adianta, tem a ver com Vítor Paulo Pereira. “É o facto do actual presidente da Câmara estar a executar, ainda que de forma imperfeita e incompleta, uma parte fundamental daquilo que o PSD sempre defendeu e programou, além da sua enorme proximidade ideológica”, explica.

E enquanto não chega Março de 2019 e as eleições internas do PSD, a estrutura agora provisoriamente liderada por José Augusto Caldas vai também ter de acompanhar o partido nos combates eleitorais que vão ter lugar nos próximos tempos. A começar, desde logo, pelas eleições europeias, agendadas para Maio do próximo ano, mas que vão estar no terreno muito antes. O mesmo acontecendo em relação às eleições legislativas de Setembro ou Outubro de 2019. Mais afastadas no tempo, agendadas para Setembro ou Outubro de 2021, estão as eleições autárquicas, mas o trabalho também já começou, se bem que, vinca José Augusto Caldas, “embora se vá iniciar de imediato a preparação das próximas eleições autárquicas, a condução final do processo já deverá ser da responsabilidade da nova Comissão Política Concelhia a ser eleita até Março de 2019”. O NC sabe, contudo, que esse trabalho de preparação já começou e que, inclusivamente, o partido já terá sondado um eventual candidato.