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Ai que saudades,

23 de Fevereiro de 2016 | José Brandão Felgueiras

Tão bem me lembro de quando o relógio era o Sol ou o cantar do galo!

Que saudades tenho de quando era criança e o relógio era o Sol, o cantar do galo de madrugada ou o tocar do sino pelo tão conhecido Sebastião da Pedreira. Acordava-se todas as manhãs com o cantar do galo que parecia cantar ao desafio com o do vizinho.

Tenho saudades daquele tempo em que não havia tantas preocupações e não havia maldade nem inveja, tudo era puro, tudo era verdadeiro. Eram os tempos em que se podia acreditar nas pessoas, não se mentia, não se enganava ninguém e toda a gente se respeitava, mais novos e mais velhos. Podia-se contar sempre com a ajuda de alguém para o que precisássemos. Sempre conheci gente honesta, e ai de mim se não o fosse também!

As lições de vida e o respeito que nos transmitiram, sempre no intuito de nós transmitirmos o mesmo, que saudades! Agora isto está a perder-se, e penso que os culpados são os pais, que não souberam transmitir o que lhes ensinaram. O respeito e a honestidade são bases fundamentais da sociedade, apetece dizer que hoje dormem fora e acordam cá por dentro…

Lembro-me de quando se podia deixar a porta aberta ou a chave no “postoiro”, como se dizia. Fazia-se confiança em todos os que passavam, quer fossem conhecidos ou desconhecidos. Agora todo o cuidado é pouco e se se deixar a porta aberta, corre-se o risco de quando se voltar encontrarmos a casa ocupada por estranhos que se permitiram instalar-se como se a casa fosse deles.

Sabendo-se que a justiça está mais a favor dos abusadores do que de quem é honesto, o que devemos não fazer?

E assim vai avançando esta nossa sociedade, de pés para a cabeça!

 

FALECEU BEBÉ

 

O Diogo Amaro da Cunha Brito faleceu, com menos de um mês de vida, no Hospital de S. João, no Porto, no dia 7 de Fevereiro. O bebé tinha nascido no dia 10 de Janeiro último e era filho do agualonguense Manuel Amaro dos Santos Brito e da valenciana, da freguesia de Gandra, Sónia Marinha da Cunha, residentes nesta última freguesia. O menino foi a sepultar no cemitério de Gandra. (Funeral a cargo de Compasso da Alma, Paredes de Coura)

 

 

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