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Tia Zaura da Valinha lamenta nunca ter ido à escola

24 de Janeiro de 2017 | Margarete Barbosa
Tia Zaura da Valinha lamenta nunca ter ido à escola
Agualonga

“Quando Deus nos dá muito de alguma coisa, é preciso distribuir por quem não tem. Assim, teremos sempre o que nos faz falta”.

A frase poderia ter sido retirada de um excerto de um qualquer livro top de vendas, mas não. Vem da sabedoria de uma mulher modesta, inteligente mas que não sabe ler nem escrever.

Falamos de Isaura Maria Brandão, 91 anos de idade feitos a 16 de Agosto. Natural de Agualonga, freguesia onde viveu grande parte da sua vida, no lugar da Valinha com os pais (Isabel Maria e Manuel Brandão) e irmãos (Belmira,  Jacinto e Glória). “Tia Zaura da Valinha”, assim conhecida por todos nós, viu morrer três irmãos ainda pequenos com um surto de meningite e febre-amarela. Como irmã mais velha, era o braço direito dos pais, um pilar em casa para todos os afazeres que a vida não era de modas. Não foi á escola como muitas mulheres da sua idade e para grande tristeza sua: “Nunca me deixaram ir tenho muita mágoa de não saber ler nem escrever, faz muita falta. Ficava a cuidar dos meus irmãos, a fazer o comer e a lavar uns farrapinhos… Depois, quando eles já eram «mais crescidos», também ia para o campo ajudar. E assim foi a minha vida toda, a servir os outros”, explica Isaura.

(…)

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