A comunicação nem sempre é nítida ao ponto de ser percebida pelo recetor. Por vezes as interferências são reais, a ponto de tornar as frases confusas e meias entendidas. Outras vezes, a contextualização da mensagem é feita a medida do que se quer efetivamente perceber. Quando a nossa mensagem provoca a reação que pretendemos no recetor, é talvez porque esta foi clara, verdadeira e sentida… e porque quem a interpretou a soube contextualizar. Ou porque não a adaptou a sua realidade mas sim á realidade de quem a proferiu! Isto por vezes acontece! Sobretudo nos casos em que a confiança, a transparência e o desprendimento estejam presentes. Não só na mensagem… não só na comunicação… mas sobretudo entre os interlocutores.
Poderia trazer para aqui muitos exemplos de falhas na comunicação. Mas abordaria situações de “dejá vu” á grande parte dos leitores. A nitidez da comunicação acaba na maioria das vezes por passar para segundo plano… para terceiro… e por vezes deixa mesmo de ter importância. Esta passa a ser acessória!
Mesmo considerando que muitos possam negar esta opinião, a verdade é que todos, algum dia, já viveram situações similares. Situações em que não foram entendidos ou mesmo outras em que não souberam interpretar a mensagem a imagem de quem a proferiu. As mensagens a que me refiro nesta opinião que partilho são mensagens claras, verdadeiras e sentidas. São mensagens sem ruídos! Sem esquemas!
Imaginem agora que alguém lhes dissesse que “mais vale ser ateu do que cristão hipócrita”. Seria importante identificar o emissor e contextualizar a mensagem. Talvez considere que esta tenha sido proferida por um ateu! Mas não caro leitor! Esta mensagem foi proferida pela Santidade o Papa Francisco. O católico dos católicos! Será esta mensagem nítida para o leitor? Será ela clara, verdadeira e sentida? Para mim não há dúvida! Não há dúvida porque está aqui bem presente aquilo que torna a mensagem nítida. Simplesmente porque neste caso a confiança, a transparência e o desprendimento estão mais do que presente estão quase que omnipresentes! Uma mensagem bem clara! Uma mensagem sem ruídos!
Curiosidade: Disse Martin Luther King que “Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver”. E neste mundo morremos geralmente por quem verdadeiramente entende a nossa mensagem. No meu caso… os meus filhos, sem dúvida! São recetores inexcedíveis das mensagens da mãe que têm.