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O ESPLENDOR DOS 25 ANOS TUDO NO TABOÃO, TUDO ESGOTADO, MAIS DE CEM MIL

7 de Setembro de 2017 | marlene cunha
O ESPLENDOR DOS 25 ANOS TUDO NO TABOÃO, TUDO ESGOTADO, MAIS DE CEM MIL
Geral

 

Absolutamente memorável esta edição de prata do Vodafone Paredes de Coura. 25 anos de Festival, um quarto de século de promoção sem igual deste concelho, antes esquecido dos media e hoje um ponto de referência de todas as gerações, no país e no estrangeiro, no que à música moderna diz respeito. A paisagem que a Natureza apresenta neste rincão, exponenciada aos limites do sublime no anfiteatro natural de todos os sonhos, que é o Taboão, é por estes dias capital do mundo, capital do céu e da terra.

De 16 a 19 de Agosto, passaram por aquele que já é considerado o habitat natural da música muito mais de 100 mil pessoas, ficando na retina o ambiente e a multidão em verdadeiro êxtase no último dia, altura em que perto de 30 mil fizeram do Taboão um ovo recheado de emoções sem par.

A habitual pacatez da nossa Vila começou por ser quebrada muitos dias antes, com a chegada dos festivaleiros que fizeram questão de aproveitar a relação harmoniosa e plena de afectos entre a população e o “pessoal do Festival”, algo que só acontece em Paredes de Coura. Assim, logo no dia 13, o Festival subiu à Vila, com milhares a apinharem-se na Rua Conselheiro Miguel Dantas, artéria pedonal onde foi montado palco para aquecer motores e abrir hostilidades, em jeito de preparação dos dias do Taboão.

Podia falar do extraordinário Benjamin Clementine, cuja actuação no dia 19 confirmou o músico de eleição que todos anteviram já há dois anos quando se estreou no nosso país; ou dissertar sobre o antigo vocalista dos Ornatos Violeta, um Manel Cruz que tem Paredes de Coura como sua há anos sem conta; podia escrever a propósito dos Foals, se quisesse assinalar uma das bandas indie do momento com mais seguidores; estarão até à espera que realce os norte-americanos At the Drive-In, banda punk que nos faz viajar aos idos de 90 ou os The Future Islands, que assinaram espectáculo prenhe de energia; todavia, o que me apetece é  dar um abraço apertado aos Mão Morta, a sempiterna banda do Adolfo Luxúria Canibal, homem do norte, rockeiro sem idade, courense de adopção, nome que se confunde com o nosso Festival desde o século passado. Subiu ao palco, arrebatou o público, pôs as emoções à flor da pele e, em menos do que nada, milhares estavam a cantar os Parabéns pelos 25 anos do Festival.

E como os últimos são sempre os primeiros, cliché que não podia faltar em prosa desajeitada deste vosso escrevinhador, nota alta para a Escola do Rock, gigantesca banda courense de meninos e meninas que dão tudo pela música e fazem jus ao apodo desta terra – a Vila do Rock.

Boa noite, ver-nos-emos de 15 a 18 de Agosto de 2018!

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