O segundo fim-de-semana de Janeiro apresentou-se chuvoso e tristonho. Foi marcado pelas eleições para a presidência de um dos maiores partidos políticos do país. O meu! Elegemos o novo presidente do PSD: Rui Rio.
Eu votei. Mas não votei Rui Rio. E fi-lo em consciência e por convicção. A minha e de quase metade dos militantes que participaram neste sufrágio.
Dizem por aí que o partido está partido. Na minha opinião, a estrutura que sustem o PSD está severamente dividida. É quase caso para dizer que ninguém se entende. O poder, ou a ânsia por ele tem esse efeito nefasto sobre os grupos. Talvez esta divisão esteja indiretamente associada ao grande e duro mandato de Pedro Passos Coelho.
Foi um mandato severo? Foi! Mas tinha que ser assim. Foi um político recto, como todos deveriam ser. Acabou com feriados e pontes, e com isso irritou muitos eleitores. Foi corajoso quando mexeu nos direitos da classe política. E isso desagradou a muita “boa gente”. No entanto, e para embaraço do Partido Socialista e de toda a esquerda, ele voltou a ganhar as eleições.
Inteligência ou esperteza, o país foi depois entregue a uma esquerda unida. Este e outros cenários fomentaram a divisão dentro do PSD. Um fenómeno que se propagou atingindo distritais e consequentemente concelhias. Incluindo a concelhia de Paredes de Coura. Uma concelhia com duas dúzias de militantes activos. Tão poucos e tão divididos!
A minha esperança está nos social-democratas deste concelho. Os que não têm número! Será talvez esse o meu próximo grupo. Estou expectante sobre como o novo líder do meu partido irá unir os militantes. Não aqueles que ocupam lugares, mas sim os militantes da social-democracia. Acima de tudo que haja mais democracia e menos demagogia.