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PSEUDÓNIMO DO ESCRITOR RUI MARCELINO, DANIEL GOOSE EM ENTREVISTA

27 de Julho de 2021 | Manuel Tinoco
PSEUDÓNIMO DO ESCRITOR RUI MARCELINO, DANIEL GOOSE EM ENTREVISTA
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“O PRESENTE É O MOMENTO MAIS IMPORTANTE DAS NOSSAS VIDAS”

À conversa com o Daniel Goose (pseudónimo do escritor Rui Marcelino para a literatura infantojuvenil), numa das suas habituais deslocações a Agualonga, ficámos a saber que está no prelo mais um livro da Colecção Reino Imaginário. Aguardada a sua edição para Outubro próximo.

Segundo o autor, trata-se de uma história para encantar crianças, mas decerto também para agradar a jovens e adultos, atendendo à abrangência da aventura narrada, à expectativa criada logo desde as primeiras páginas e o interesse daí decorrente.

Após alguma insistência, ficámos a conhecer o título deste aguardado novo livro. Assim, será apresentado ao mundo literário como “A Fuga para o Reino”.

Da conversa entabulada resultou a entrevista que a seguir fica.

 

Será um livro bilingue, como os anteriores da Colecção?

Sim, será editado em Português e Inglês, ajudando os pequenos leitores portugueses a fortalecerem os conhecimentos em inglês e em português aos falantes da língua inglesa. Poderá ser, também, uma boa ferramenta de ensino para as escolas – digo eu (sorriso). Na verdade, assim, poderá chegar a mais leitores.

Pensa escrever mais livros nesta coleção?

Claro que sim. Tenho já algumas ideias apontadas, para explorar futuramente. A Colecção Reino Imaginário tem ainda muito para dar aos seus leitores. Assim espero.

Historias contadas, todas elas no futuro.

Sim, com os verbos conjugados no futuro. Toda a acção idealizada e a acontecer no futuro. Todas começam com “Será uma vez…”, em vez do habitual “Era uma vez…”.

Como é que nasceu essa ideia?

Porque eu considero que o passado, sendo importante como base de experiência vivida, é realmente assunto passado, ficou lá atrás, esquecido, na sua maior parte. O presente, sendo a essência e o momento mais importante das nossas vidas, com os momentos que realmente vivenciamos, é de toda a importância que nos dediquemos a vivê-lo de corpo e alma. Já o futuro… Bom… o futuro é algo mágico, muitas vezes sonhado e algumas das vezes concretizado, quando chegar a sua vez de ser presente. É essa magia do sonho, da esperança de alcançar, do querer fazer acontecer, que me fascina e me faz ficcionar no futuro.

Quanto aos temas que usa nas suas histórias, são especialmente escolhidos ou surgem ao acaso, com o evoluir da narrativa?

Na sua maior parte são escolhidos quando traço o esqueleto da história. No entanto, com o crescendo do entusiasmo, algumas vezes deixo-me levar pela exigência da narrativa, limitando-me apenas ao simples papel de escrever sob o seu comando. Acontece muitas vezes, sim, ser levado a escrever algo muito diferente do que previra inicialmente. Quando a história conquista o seu querer, a sua própria existência.

Porquê a defesa do meio ambiente e o bem-estar do povo do Reino Imaginário como temas principais dos seus livros.

Escolhi esses motivos porque os considero essenciais no mundo actual. Com as alterações climáticas a que assistimos, é essencial que todos pensemos em alterar os nossos hábitos poluentes, as nossas rotinas de consumo energético. A substituição dos combustíveis fósseis por energia limpa, por exemplo, será sempre uma prioridade no Reino Imaginário, bem como o bem viver de todos os seus habitantes. Assim quer o Rei Povo e assim será. A Felicidade será permanentemente um factor dominante no seu reinado. Por isso, todos estarão sempre com todos e para todos.

Falando agora um pouco com o romancista Rui Marcelino, o que é que tem feito no que se refere à escrita? Existem novos projectos?

Mudando então de figura literária, mantendo, no entanto, a mesma voz, digo-lhe que o autor Rui Marcelino tem escrito alguma coisa, sim. Posso dizer-lhe que terminei há alguns meses o último livro da trilogia “Trilhos de uma Vida”, mas cujo título não posso ainda adiantar, por não ser definitivo o que eu idealizei. Conto que seja editado no início do próximo ano. E estou agora a meio de outra obra, precisamente na fase em que o romance começa a ganhar força e a agarrar o autor, criando-me algum desassossego, por lhe querer dedicar o máximo de tempo possível. Esta é, e foi sempre, a fase mais empolgante no desenvolvimento de qualquer um dos meus livros. O estádio em que a história ganha vida própria – como lhe disse há pouco o Daniel Goose a propósito do Reino Imaginário –, quando se torna autónoma e me “obriga” a acompanhar o seu ritmo existencial; o seu muito querer ser.

Muito atarefado, então, nos últimos tempos…

Pode dizer-se que sim. Trabalho, à mistura com alguma satisfação e felicidade. Mas, também, a preocupação constante de tentar melhorar sempre cada novo produto desse trabalho literário.

E é tudo o que tem para nos apresentar de novidades, ou há algo mais?

Apenas mais uma: Em Outubro deste ano será editado o romance “Trilhos de uma Vida”, em língua inglesa, de modo a poder chegar a mais leitores por esse mundo fora, já que a história também é, toda ela, muito internacional. Agora sim, é tudo quanto a novidades. Muito obrigado pela oportunidade da informação que aqui expressei.

 

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