Boas férias para quem escolheu o mês de Agosto para esse fim. Para os restantes, desejo-vos a continuação de um bom trabalho.
Para quem trabalha durante um ano, ou mais do que isso, parar para uma pausa laboral é imprescindível. Convenhamos que já não se trata somente de um direito, trata-se sobretudo de uma necessidade.
É necessário desligarmos os fusíveis do trabalho e estimular os restantes. O descanso, o lazer, as noitadas sem preocupações, as longas conversas em família ou com amigos, os jantares prolongados, as escapadelas e as viagens. E, claro, porque somos courenses, a boa música, o ‘Couraíso’ e o azafame do nosso festival. Com um bom vinho ou uma ‘geladinha’.
As férias devem servir para recarregar as baterias que nos vão abastecer ao longo do ano, principalmente para quem trabalha de forma intensiva.
Cada um de nós deve saber escolher o tipo de energia que pretende acumular. Aquela que melhor se adequa a sua necessidade.
No meu caso, varia entre energia solar, energia das ondas do mar, as ondas sonoras ‘afinadinhas’, mas o que mais resulta é mesmo não fazer absolutamente nada. Tudo isso regado com longas histórias e boas gargalhadas. Com um bom vinho ou uma ‘geladinha’. E se possível, esta última, acompanhada de boa música, na praia fluvial do Taboão, no melhor festival de todos, e onde as energias são sempre boas.
E você, caro leitor, qual é a energia que vai querer acumular?
E já agora, esqueça por uns dias as energias fósseis e as outras que gastamos nas actividades diárias, e as respectivas contas que estão para vir. Faça isso para não correr o risco de gastar antecipadamente a outra energia que ainda nem acumulou.
Se ainda não parou para se reabastecer, minimize alguns gastos desnecessários. Aproveite para capitalizar as boas energias que circulam ao seu redor. Os bons exemplos devem ser replicados e serão com certeza multiplicados. Experimente fazer o bem, mesmo que numa dimensão aparentemente pequena. A energia que irá receber em troca vale pelo dobro de qualquer outra. E sabe tão bem que além de dar vontade de repetir, transmite essa vontade ao receptor de tal benevolência.
Se já parou para umas férias merecidas, tente fazer o mesmo. Não se alimente do mal dos outros e não alimente a maldade alheia. Não dispare cartuchos às cegas, poderá acertar em alguns inocentes. Não gaste as suas energias julgando causas alheias, simplesmente porque não lhe compete a si fazê-lo, deixe isso para quem sabe controlar a balança da justiça. Pode sempre opinar. Mas faça-o de uma forma construtiva, nunca destrutiva. Lembre-se que o mal pode sempre vir a caminho.
Em férias ou não, opte por fazer o bem sem olhar a quem, como bem diz a minha mãe, e cuide de si e dos seus. Não deixe que a vida alheia sirva para preencher parte da sua vida. A nossa vida não é assim tão longa, e por vezes ela é curta de mais. Se mesmo assim quiser desperdiçar energias com a vida dos outros, faça-o no seu sofá vendo ou revendo as últimas edições do Big Brother, e julgue sem restrição, aponte sem medo, porque esse é o real propósito desse tipo de programas. Com um bom vinho, ou talvez não. Talvez o mais apropriado será fazer isso com uma (bem) “geladinha”.