Hoje decidi que queria escrever sobre conquistas.
Tendo em consideração que todos somos conquistadores e nos encontramos na altura da bênção das fitas, achei pertinente a abordagem deste tema, visto que, considero-a influenciável na nossa realização pessoal.
A carga emocional, que inconscientemente depositamos no nosso sucesso é incalculável, no entanto, ainda somos dominados pelo pensamento de que para o considerarmos “digno” necessitamos que seja validado socialmente. Acção esta que deveria estar menos presente no nosso dia-a-dia. Digo isto, no sentido de deixar de procurar cegamente uma validação social, que nem sempre sabemos se será a mais verdadeira. Contudo, não vos quero incentivar a serem completamente fora dos padrões impostos, ou pior, a irem contra as regras implementadas para uma harmonia social. Mas sim, para aceitarem todas as vossas vitórias de braços abertos.
Esta ideia surgiu-me momentos depois de presenciar um concerto que conseguiu explorar o meu lado emocional, com uma irreverência exponencial. Eu chorei, eu sorri, eu ri, fiquei surpresa e sem voz, uma autêntica montanha-russa. O espectáculo da minha vida, uma fuga à monotonia do dia-a-dia. Senti que tinha emergido numa realidade paralela, mas muito mais bonita e colorida.
Um acontecimento que irei guardar na minha memória, mas mais que isso, no meu coração. Encontrei naquelas 2 horas uma coesão entre a banda, toda a equipa por trás do evento e o próprio público, fenomenal.
O dia 18 ficará lembrado pelo poder que nós temos, para conseguirmos algo tão verdadeiro e tão forte ao mesmo tempo. Algo que nem o Google, nem mesmo o Chat GPT ou qualquer outra demonstração de Inteligência Artificial, consegue providenciar.
Uma banda que em 2000 foi acolhida de braços abertos pelo nosso Festival, o Vodafone Paredes de Coura, e pela nossa terrinha. Enquanto davam as suas primeiras passadas na música, nós fomos um público que até hoje eles relembram com carinho. Apesar de na altura não conhecermos o repertório deles, presenciámos atentamente a sua arte e magia. E aqui está o meu tema, aqui está uma grande conquista, uma banda que apesar de inicialmente ser muito pouco reconhecida cá, hoje é uma autêntica “obra-prima”.
E assim finalizo com a minha definição de conquista, uma que deixo para vocês. A conquista, para mim, será sempre uma aliança entre o homem e a sua imaginação. Não só pelo facto de sermos nós que criamos as nossas barreiras e limitações, mas também porque com um toque de originalidade e reflexão somos também os únicos que as conseguem ultrapassar, e aqui está a conquista.
Um sentimento que nos enche o peito de orgulho e o coração de alegria.