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Dá Silva – velocidade com técnica e técnica com velocidade…

20 de Outubro de 2015 | Henrique Reis
Dá Silva – velocidade com técnica e técnica com velocidade…
Desporto

Quem não conhece no concelho a figura simpática, extrovertida e divertida do José Rocha da Silva, mais conhecido como Dá Silva!

Foi um dos mais notáveis e reputados avançados do Sporting Clube Courense nos anos sessenta e setenta. Fazia da velocidade de reacção e desmarcação a sua arma mais letal e era frio a finalizar em frente aos guarda-redes, tornando-se por isso num dos melhores marcadores da época.

Deambulava por toda a frente de ataque, partindo de um dos flancos, principalmente do lado direito, para aparecer no coração da área a desferir o golpe mortal.

Foi colega de equipa de glórias da altura como Adriano Barreiro, Eugénio Lopes, Cândido Carriço, Raúl Lima, Osvaldo, Reinaldo Figueiredo, Pereira Júnior, Manuel Lopes, Manuel Silva Mocho, entre muitos outros, dado que teve uma carreira longa que atravessou algumas gerações.

Ainda deu o seu contributo como técnico principal nas camadas jovens do clube nos anos setenta, ajudando assim a formar alguns jovens da minha adolescência, principalmente nas equipas de juvenis e juniores.

Mas a sua grande aventura enquanto técnico do futebol sénior, aconteceu na equipa sénior masculina do Castanheira que competia à época no Campeonato do INATEL, onde conseguiu resultados muito interessantes com equipas formadas por gente da terra.

Vive na freguesia de Mozelos, foi funcionário do Sanatório durante toda a sua vida, casou com Ludovina da Cunha, é pai do Fernando e da Fernanda Rocha, e avô babado de três netos e uma bisneta.

Quem ainda hoje se cruza com o Dá Silva, fica, de certa forma, admirado com a sua aparência e forma física, porque ninguém lhe dá a idade que felizmente já atingiu, o que demonstra que a prática regular da actividade física, ajuda a que o nosso corpo sinta os efeitos positivos dessa mesma prática, se não em todos, pelo menos na grande maioria dos casos.

Será que um dia, não muito longínquo, ainda iremos ver o Dá Silva e outros colegas do seu tempo a entrarem, devidamente equipados, no relvado sintético do campo do Courense para reviverem velhos tempos, numa jornada de Velhas Guardas que seria um momento único e emocionante?

 


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