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“EM COURA SENTIMO-NOS NAS NUVENS”, CONFESSA O MOLDAVO OCTAVIAN

13 de Setembro de 2022 | Gorete Rodrigues
“EM COURA SENTIMO-NOS NAS NUVENS”, CONFESSA O MOLDAVO OCTAVIAN
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“Vim para ficar. Adorámos o sítio quando cá viemos pela primeira vez. Basta ao virmos de Ponte de Lima para cá, quando começamos a subir a montanha e a ver o verde, para nos sentirmos nas nuvens”. Quem assim fala é Octavian Rabei, nascido na Moldávia e residente em Paredes de Coura, freguesia de Mozelos.

Chega a ser tocante o modo como Octavian, de 43 anos, descreve o que já sente pelo nosso concelho, apesar de só aqui viver há quatro meses. “Antes vivia em Ponte de Lima, onde estive três anos, tantos quantos levo de Portugal, e onde ainda trabalho numa quinta de turismo na freguesia de Moreira do Lima, propriedade de um casal russo que investiu ali há já largos anos”, explica Octavian, que acrescenta terem sido os seus patrões que o trouxeram para o nosso país.

“Sou apaixonado pelo Corno de Bico, aqui até o crescer de uma laranja é bonito, já tenho cá amigos, tivemos muita sorte em encontrar a casa que comprámos em Mozelos”, confessa o moldavo que tem espalhado simpatia por quem já o conhece. Na sua casa, onde vive com a esposa e duas filhas, de 13 e 23 anos, esta última à espera de entrar para a Universidade do Minho, Octavian espera ganhar raízes courenses. “Fui muito bem recebido pelo presidente da Junta que tem tido o cuidado de me integrar na terra e de me apresentar aos vizinhos. Já trouxe para cá a minha mãe, e até os meus sogros nos vieram visitar a Paredes de Coura, todos adoram, as pessoas são acolhedoras, bem-educadas e muito inteligentes, tudo está limpo, muito me agradou ver a limpeza nas estradas e dos espaços verdes”, acrescentou ainda.

Homem com muito mundo, falando fluentemente a nossa língua, Octavian já se considera um bocado português. “Na Moldávia era enfermeiro de formação e fui também motorista, por cá estou muito feliz com o trabalho que tenho na quinta, onde sou encarregado, mas faço tudo o que faz falta fazer numa quinta, eu e a minha mulher, que é gerente na parte agrícola”, confidencia. Questionado sobre o que se passa na Ucrânia, país vizinho da sua Moldávia, Octavian mostra a sua preocupação por causa dos sogros viverem “perto das bombas”.

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