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Férias

5 de Julho de 2022 | Helena Ramos Fernandes
Férias
Opinião

Férias, para o que te quero…

Já com um cheirinho a férias…

De papo para o ar…

Férias, já eram…

A precisar de férias…

Qual destas expressões define melhor a sua situação perante as férias de Verão?

Entáamos no mês de Julho com temperaturas estranhas que mais se aproximam das que sentimos na chegada do Outono. Coisas das alterações climáticas, dirão talvez alguns. No entanto, estes fenómenos devem-se, sobretudo, se não inteiramente, a acção do Homem, cada vez mais virado para si próprio, e da sociedade cada vez mais, e em demasia, consumista.

Acabámos de entrar no Verão, a estação do ano na qual a maioria de nós agenda as suas férias anuais, ou parte delas, no seu calendário profissional. Em parte, porque as temperaturas, que já deveriam estar mais altas, reduzem o nosso apetite para o trabalho. Principalmente quando este envolve actividade física. Comigo é uma constante. E consigo, caro leitor, acontece o mesmo?

Agendam-se as férias no Verão, ou porque os pais precisam de conciliá-las com as férias escolares dos seus filhos. Ou porque determinada entidade patronal assim o programa limitando as opções para alternativas. Nada mais natural que as famílias queiram férias nesta altura, e talvez por isso e que algumas empresas determinem que assim seja. As famílias, com filhos, precisam desses momentos. Sobretudo para fortalecer as ligações familiares que tendem a tornar-se cada vez mais ténues em virtude do trabalho, dos horários, das obrigações, do cansaço, e de outros motivos mais fúteis ou mais sensíveis. Investir na família, ou nas ligações familiares, é algo tão importante como a própria constituição da mesma. Fortalecendo essas ligações estaremos a educar os mais novos para que estes, mais tarde, cuidem dos mais velhos de forma natural. Mas não só. A família torna-se o porto seguro, ou aeroporto seguro, para descolar e partir em busca de um destino, mas também para aterrar convicto de que ali está parte da nossa raiz. Raiz essa que precisa de ser bem cuidada, caso contrário, a seiva deixa de circular e o propósito da família também. Férias para que te quero? Que estas sirvam, caro leitor, para fortalecer essas raízes tão importantes.

Início de Julho, em que tudo parece estar a postos para as férias que se avizinham. Paira no ar a ansiedade para que estas cheguem depressa, e, para que elas passem bem devagar. Com tempo para o chá das quatro, ou para os tremoços das cinco. Para as conversas alongadas e sem pressas. Para a soneca ou para o bronze, mas este último com protecção, tendo em conta o estado da ‘camada de ozono’ que teimamos em danificar, considerando que esse não é um problema nosso. O início de Julho, caro leitor, vem sempre com um cheirinho a Verão… Com um cheirinho a férias…

Enquanto isso, já muitos se encontram de papo para o ar, ou de papo para o chão, não vá a coisa ficar em tons de preto e branco. Ou vermelhos e escarapelados. O mais sensato para estes, será protegerem-se convenientemente dos raios ultravioletas. Mais vale prevenir do que remediar. Antes e depois de passar o protector solar, tentem não esquecer a ‘camada do ozono’. Cuide de si e cuido dos outros protegendo o nosso planeta.

Para todos aqueles para quem as férias, já eram, resta voltar ao trabalho com ânimo e esperar pelas próximas férias. Mas enquanto estas não vêm, façam por serem felizes no trabalho. Com uma atitude positiva, tudo fica mais leve.

No meu caso, a expressão, e não só, que mais se adequa à minha situação é ‘a precisar de férias’. E a sua, caro leitor, qual será?

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