Última Hora

GERAÇÃO DOURADA CONCLUI CURSO

11 de Agosto de 2021 | Manuel Tinoco
GERAÇÃO DOURADA CONCLUI CURSO
Destaque

QUATRO NOVOS MÉDICOS COURENSES

2021 fica marcado pela maior fornada de novos médicos courenses alguma vez surgidos no final de um ano lectivo.

São quatro os jovens que dão o seu testemunho nesta página, falando da sua experiência como estudantes e das expectativas para o futuro. André Filipe, Luís Miguel, Ricardo e Maria João, eis os seus nomes, prontos para a nova etapa que estão prestes a encetar.

Jovens courenses licenciados é algo que começa a ser comum ano após ano, porém, escasseavam os jovens médicos, algo que parece estar a ser torneado pelas novas gerações.

Parabéns aos quatro médicos e às respectivas famílias, e uma vida repleta de êxitos pessoais e profissionais para esta nova geração dourada.

Fique, pois, caro leitor, com as suas palavras.

ANDRÉ ABREU

André Filipe Rodrigues Abreu, 24 anos Paredes de Coura, filho de José Carlos da Rocha Abreu e de Pedrina Rodrigues Dantas.

Acabei, este ano, o curso de Medicina na Universidade de Coimbra. A sensação de acabar o curso de medicina é um misto de emoções, visto que, por um lado, estou feliz de ter acabado um curso exigente, ainda mais durante este período conturbado, mas por outro, ainda temos o exame final de acesso à especialidade e não temos tempo para saborear esta vitória.

Quanto à especialidade, ainda preciso de passar mais tempo nos diversos serviços para ver o que realmente chama por mim.

LUÍS AZEVEDO

Luís Miguel de Sousa Azevedo, 24 anos Bico, filho de José Luís Azevedo e Maria Isolina Barbosa.

Entrei em Medicina na minha segunda tentativa. Na primeira vez acabei por não conseguir uma vaga e decidi, na altura, tentar novamente. Depois de estar um ano a estudar para melhorar as notas dos exames de acesso, consegui entrar em Coimbra.

Apesar de ser algo longe de casa, a experiência de estudar na Universidade de Coimbra valeu bastante a pena. Foram 6 anos bastante exigentes, mas os amigos que fiz nesta cidade ajudaram a que passassem demasiado rápido. Agora que acabei o curso, falta-me fazer a prova nacional de seriação. E, se tudo correr bem, gostava de no futuro poder seguir cardiologia, mas ainda estou a pensar, são muitas as opções de escolha.

RICARDO PEREIRA

Ricardo Sá Pereira, 23 anos, Mozelos, filho de José Manuel Rocha Pereira e Maria Paula Fernandes Sá Pereira

Estudei na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A minha viagem pelas terras lisboetas foi divertida mas também difícil. No entanto, olhando com serenidade para o futuro que se estende diante de mim, consigo ver 2 ou 3 grandes desafios.

O primeiro é a desinformação, a capacidade dos indivíduos de adquirirem rapidamente convicções muito fortes sobre fantasias pseudocientificas que surgem nas redes sociais. Claro que isso também se aplica à política, ao racismo e ao fascismo. A própria realidade que se apresenta tão evidente, é moldada, alterada, manipulada, e temos de ter um papel nessa luta.

O segundo problema que eu antevejo é o impacto crescente das alterações climáticas na saúde das pessoas. Devido à completa inação sistémica e governamental só podemos esperar e tentar tratar mais doenças relacionadas com a poluição atmosférica, o calor, e com as catástrofes naturais. Que leva ao meu terceiro dilema, a despreocupação governamental com as comunidades desfavorecidas e desprotegidas face às crises futuras do capitalismo e às pressões crescentes do aquecimento global. Vimos o impacto da pandemia nos lares em Portugal, vimos como a União Europeia prende em campos de concentração os refugiados que fogem dos países mais afectados pelo clima, vimos como as crises económicas passadas levaram a mais desemprego, despejos e cortes nos serviços sociais quando devia ter promovido a solidariedade entre os cidadãos. Essa solidariedade é que temos de manter bem viva, como uma chama que mantém os portugueses quentes, felizes e saudáveis. Darei o meu melhor para alimentar essa chama, agora e no futuro.

MARIA ALVES

Maria João Ferreira Alves, 23 anos, Ferreira, filha de João Paulo Alves e Carla Maria Teixeira Ferreira.

Concluí Medicina na Universidade do Minho. Estudar na Universidade do Minho durante seis anos foi um desafio humano e intelectual que exigiu muito de mim!

A Universidade do Minho, estimulante e exigente, valeu a pena!!!

De registar que nunca esquecerei que os pilares dessas aprendizagens tiveram início no Jardim-de-Infância de Ferreira – OUSAM, na Escola Primária de Ferreira, na Escola Básica de Paredes de Coura e finalmente na EB2,3/Secundária de Paredes de Coura.

Como futura médica, independentemente da especialidade, vou tentar ser uma boa profissional em termos técnicos, mas também no sentido humano.

 

 

 

 

 

 

 

 

Comments are closed.