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Noite de pavor em Vascões

15 de Dezembro de 2015 | Paula Pereira
Noite de pavor em Vascões
Vascões

Na noite de 2 de Dezembro, a família de Norberto Rosa viveu momentos de sobressalto, quando por volta das 22 horas se apercebeu que a sua casa, em Vascões, estava a arder na zona do telhado.

Ao primeiro pedido de socorro acorreram de imediato amigos e vizinhos, que com mangueiras e extintores tentaram ajudar conforme lhes foi possível, até à chegada dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura.

O aparato foi grande, deslocaram-se ao local várias viaturas dos Bombeiros, uma ambulância do INEM e viaturas civis, que ao aperceberem-se que o incêndio era urbano vieram também ajudar. Valeu a rápida intervenção dos meios de socorro, para que o incêndio fosse prontamente controlado, evitando que tomasse proporções ainda mais devastadoras. Felizmente não houve feridos a registar, mas o susto foi grande e os danos materiais foram avultados, a casa ficou bastante danificada no interior e no telhado.

A família aproveita para agradecer publicamente, a todos os que prestaram auxilio e apoio, nomeadamente amigos, familiares, vizinhos, Bombeiros Voluntários e Município de Paredes de Coura.

A este propósito, Norberto Rosa enviou o seguinte texto ao NC.

Agradecimento

“Olá caros leitores, uma parte importante da minha casa ardeu e veio-me a mente esta lenda: dois grandes amigos decidiram fazer uma viagem a pé, depois de vários dias a caminhar um deles num desentendimento esbofeteou o outro, aquele que sofreu a agressão escreveu na areia: o meu melhor amigo hoje bateu-me.

Continuaram a sua viagem depois de uma semana e atravessando uma boa parte do deserto avistou um lago, então decidiram nadar um bocado, o que tinha sido esbofeteado começou a afogar-se e o outro foi em seu socorro e salvou-o, então o amigo agarrou uma faca e escreveu numa rocha: hoje o meu melhor amigo salvou-me a vida. O amigo intrigado perguntou-lhe porque é que quando te bati escreveste na areia e hoje que te salvei escreveste numa pedra; respondeu então o que fora salvo, quando alguém nos magoa, nos insulta ou nos bate devemos escrever na areia para que o tempo, o vento e o esquecimento apaguem essa mágoa, quando alguém nos faz bem devemos escrever numa rocha para que nem o tempo, nem ninguém o possa apagar. Isto que este homem fez é aquilo que hoje quero fazer, escrever onde ninguém possa apagar o grande favor que os meus amigos de Vascões, a minha família, o Pároco da minha freguesia, a Junta de Freguesia, os Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura e a Câmara Municipal do meu concelho fizeram quando foram em socorro das minhas duas princesas e se lançaram sobre as chamas que ameaçavam destruir o nosso lar, a todos um muito obrigado, que Deus os abençoe e quando precisarem de mim não hesitem. Fica escrito na rocha o que todos fizestes por nós.

Obrigado! Norberto Rosa”

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