Para quem não sabe, o mês de Agosto começa sempre comigo a celebrar mais um ano da minha vida. E este ano foram contados os 23, um número que me causa alguma comichão, intriga-me. E como tal decidi fazer uma pesquisa para tentar dar valor a um número que parece ser tão irrelevante. Com esta busca descobri que o 23 surge em diversos contextos, dando a este aniversário um toque peculiar, quase como se houvesse um simbolismo maior por detrás dele.
Começando a revelar aquilo que consolidei, algumas informações serão novas e outras muito provavelmente vão ser só “um refrescar da memória” ou até mesmo engraçadas de se associar, como acredito que seja a primeira que li. Aprendemos desde cedo que em cada ser humano existem 23 cromossomas com o nosso dito código genético, aquilo que nos define. A curiosidade desta informação assenta no facto de aos 23 sentirmos com maior presença as marcas desses cromossomas. Conseguimos todos rever que aos 23 já temos a nossa identidade bem consolidada, compreender que é o 23º par de cromossomas que dita o nosso sexo. Mas chegas aos 23 e consegues reconhecer-te como um individuo, independentemente dos teus traços, acabas por já ter todo um conjunto de vivências que te fazem criar a tua individualidade e personalidade.
No que toca à área do desporto o número 23 é um número de muito respeito, para muitos chega a ser sinonimo de excelência. Grande parte desta nomeação deve-se a ter sido personificado pelo lendário jogador de Basquete Michael Jordan. Transformando-o num símbolo de grandeza e sucesso, que nos leva a sentir a responsabilidade de canalizar toda essa determinação nos nossos próprios desafios e objectivos. Afinal de contas, quem não gostaria de alcançar as suas conquistas com a mesma maestria do Jordan?
Mais enigmática ainda é a famosa “Teoria do Número 23”, algo que transcende a ciência do desporto. Esta teoria sugere que o número 23 surge com elevada frequência nos acontecimentos do nosso dia-a-dia. Muitas vezes escondido em padrões e sequências peculiares. Quando comecei a reparar nestas ditas “coincidências” comecei a reflectir sobre a forma como os meus 23 anos se continuarão a manifestar, se serão dotados deste toque misterioso e inexplicável.
Nesta onda de curiosidades decidi acabar com o tempo. Pelo simples facto de ser uma curiosidade com que nos deparamos muitas vezes, mas falo por mim, nunca tinha pensado nela dessa forma. Todos conhecemos o nosso relógio onde constam as 24 horas do dia, no entanto o número 23 marca as 23 horas, que por sua vez se trata da última hora antes da meia-noite. Podemos então assumir que é um momento de transição, porque depois dele surge o novo dia, nunca o relógio chega a marcar o número 24. Sendo a última hora, podemos dizer que é a linha ténue entre o que foi e o que está para vir.
Aos 23 anos, sinto-me exactamente nesse ponto a olhar para trás, para tudo o que foi vivido, mas com a minha atenção posta no futuro, nas novas possibilidades que surgem com o próximo dia. Completar 23 anos, então, é mais do que apenas uma passagem numérica; é uma espécie de rito de passagem, onde o número 23 se revela como um companheiro misterioso e multifacetado. É um marco que me convida a reflectir, a ambicionar e a abraçar as novas descobertas que esta fase da vida tem para me oferecer.
Afinal, há algo de especial em fazer 23 anos, quem sabe não seja talvez o começo de uma nova e fascinante jornada.