Última Hora

População alarmada com a vespa asiática

17 de Novembro de 2015 | Paula Pereira
População alarmada com a vespa asiática
Vascões

A vespa velutina foi registada na Europa pela primeira vez em França, em 2005, onde terá sido provavelmente introduzida acidentalmente através do comércio hortícola. A sua existência foi detectada em 2010 no Norte de Espanha e tem sido reportada desde 2011 na Região Norte de Portugal.

Mais recentemente, detectou-se a presença de alguns ninhos na freguesia de Vascões e a crescente invasão desta espécie junto às habitações. Segundo informação do executivo da Junta, já foram identificados dois ninhos, um localizado nos Portos Velhos, entre Parada e Vascões, e comunicado formalmente há cerca de dois meses, e um segundo ninho, identificado em finais do mês de Outubro, situado nos Coutos, Lugar de Corelo, tendo também a equipa técnica sido informada oralmente da sua existência.

Em Paredes de Coura, de acordo com o plano de trabalho delineado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, através da sua Equipa de Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, existe com o objetivo fundamental de diminuir o impacto causado pela vespa asiática nas zonas onde já se encontra instalada e prevenir a disseminação da espécie a outras áreas. Mas este plano peca essencialmente pela alegada falta de implementação das actividades referidas nesse mesmo objectivo, ou seja, pela aparente ausência de uma forma eficaz de luta contra esta espécie invasora. Se os ninhos são sinalizados, se é comunicada a sua existência às entidades responsáveis, porque é que tarda a sua destruição?

Não seria importante destruir os ninhos o mais rápido possível para evitar uma invasão descontrolada na área? O certo é que elas andam por aí a rondar as nossas casas e apesar de não haver produção maciça de mel nesta zona, existem algumas colmeias que já estão a sofrer com a presença desta espécie. O método de ataque da vespa asiática ou velutina (Vespa velutina nigotorax) é simples e eficaz: esperam junto das colmeias que as abelhas cheguem carregadas de pólen, capturam-nas, cortam-lhes a cabeça, as patas e o ferrão e transportam-nas para os seus próprios ninhos que constroem no topo das árvores e depois comem-nas. Embora não sendo mais agressiva para o ser humano do que a vespa autóctone, reage de forma bastante agressiva às ameaças ao seu ninho; perante uma ameaça ou vibração a 5 metros, produz-se uma resposta de grupo que pode perseguir a fonte da ameaça durante cerca de 500 metros. Além disso, o grande tamanho que podem atingir os ninhos e em algumas ocasiões a sua localização em zonas urbanas, aliado à sua rapidez de propagação, estão a provocar o medo na população.

Comments are closed.