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PRESIDENTE ELEVA A FASQUIA: “UMA CÂMARA NÃO PODE PENSAR A OITO ANOS”

21 de Novembro de 2017 | Eduardo Bastos
PRESIDENTE ELEVA A FASQUIA: “UMA CÂMARA NÃO PODE PENSAR A OITO ANOS”
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Pensar o futuro, pensar no futuro. Concluir o que foi iniciado e avançar mais além. Os projectos do município continuam a passar pelo emprego, pela educação, pela cultura e pela inovação. Arriscando sempre!

Os primeiros quatro anos de Vítor Paulo Pereira à frente do município de Paredes de Coura foram marcados pela ousadia, pela inovação e pelo trabalho. “Quem muito trabalha, pode errar muito, mas também consegue muito”, diz o autarca que, quando questionado sobre os projectos para os próximos anos, começa por dizer que é preciso concluir muito do que se iniciou anteriormente.

Um “muito” onde se englobam alguns dos projectos que, apesar de ainda no início, marcaram o seu mandato anterior. A começar pela requalificação da Escola Básica e Secundária de Paredes de Coura, cujas obras decorrem desde Setembro. Mas não esquecendo o mercado municipal e a intervenção projectada para o Largo Hintze Ribeiro, onde pretende ver implantado um mercado ao livre para a venda de produtos locais.

E, claro, a ligação do Parque Empresarial de Formariz à A3, obra há muito reivindicada, há muito prometida, ainda que em moldes diferentes, e que parece estar, finalmente, a ver a luz do dia. “A maior parte das pessoas pensava que era uma promessa eleitoral de circunstância mas as coisas estão a avançar com optimismo”, refere o autarca. Ainda recentemente o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, na discussão sobre o Orçamento de Estado para 2018, deu indicações sobre o bom andamento desta estrada.

“A parte dos projectos de engenharia e dos pareceres, até final do ano estarão resolvidos. A partir daí o projecto ficará preso por pormenores e no decorrer de 2018 a obra será lançada a concurso”, afirma o presidente da Câmara com convicção. A convicção de quem tem acompanhado de perto o desenrolar do processo. “Nós temos trabalhado com as instituições, reunimos com as instituições e com a empresa que está a fazer o projecto. Houve sempre diálogo com as instituições, no sentido delas próprias nos proporem alternativas que evitam os chumbos”, acrescenta, colocando, assim, praticamente de parte a hipótese do traçado indicado vir a ser chumbado por questões ambientais.

“A ligação à A3 é fundamental para reforçar o emprego e competitividade das empresas. É uma oportunidade única para o turismo em Coura, mas as pessoas têm de ter consciência de que têm de fazer o seu esforço”, diz ainda Vítor Paulo Pereira, referindo que “compete aos courenses agarrar uma oportunidade e transformá-la em capacidade de realização”.

 

Desenvolvimento com afectividade

 

“Tentar governar tendo em conta o que é o futuro”, responde Vítor Paulo Pereira quando questionado sobre a sua visão para o futuro da autarquia a que preside. “Uma Câmara não pode pensar a 8 ou 12 anos. Temos de projectar o concelho para o futuro, perceber o futuro”.

“Coura já é conhecido como um território que arrisca, um território diferente, de inovação e ligado à cultura. Isso acaba por contribuir para que o concelho tenha uma imagem diferente no panorama mediático do pais e isso é muito importante para captar investimento e para a imagem positiva que as pessoas têm do território”, refere o presidente da autarquia, para quem esta imagem positiva “acaba por dar um orgulho e um amor pela terra aos courenses”

“Não há modelo de desenvolvimento sem que as pessoas se sintam implicadas e tenham afectividade pelo território”, diz ainda Vítor Paulo Pereira, acrescentando que é isso que o seu executivo pretende fazer. “Criar um modelo de desenvolvimento que seja contagiante, onde caibam todas as pessoas, novos e velhos, e que esteja ligado ao futuro. E o modelo de desenvolvimento do futuro tem de ser sustentável, inclusivo e ético”, refere.

Reconhecendo que, depois das apostas do primeiro mandato, nomeadamente na cultura e na educação, é necessário elevar a fasquia, o autarca lembra que “os padrões de felicidade dos mais novos são diferentes” dos da sua geração. “Acho que as crianças de hoje vão ser melhores cidadãos do que nós. São menos egoístas e mais solidários”, conclui.

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