Coura em grande! São palavras que recebi através de um email enviado por um amigo, num destes dias de outono, quando já se respira o ar da época natalícia.
E por que razão Coura está em grande?
Possivelmente, devido a muitas situações, com destaque para dois aspetos essenciais.
O primeiro diz respeito à agenda cultural, que é ampla, diversificada, de qualidade, com públicos muito diferenciados e que, ao longo de um ano inteiro, vão participando de forma entusiasmante nas atividades que a autarquia, com a colaboração preciosa das muitas associações culturais, organiza com elevada competência.
E neste caso, gostaria de referir o papel da Vereadora Maria José Moreira, não retirando mérito a quem de direito o tem.
Com uma larga experiência da comunicação social, acumulada à experiência como docente, lidera uma equipa que tudo faz de modo eficiente, com ganhos fantásticos para o concelho.
A preparação de um evento cultural é algo de muito complexo, por mais simples que pareça ser. Da ideia, passando pelos contatos com as pessoas, pela elaboração do cartaz – e como tem sido apelativo o design escolhido – e pela logística, até à realização do evento, há uma série de decisões que envolvem muitas horas de trabalho e repetidas dores de cabeça, pois tudo tem de funcionar de modo perfeito, de modo a responder às elevadas expetativas das pessoas.
O segundo aspeto está relacionado com o ato público de abertura do concurso para a ligação de Paredes de Coura à autoestrada, do nó de Sapardos à área industrial de Formariz.
Marcaram presença o primeiro-ministro António Costa e os ministros Pedro Marques e Tiago Brandão Rodrigues. A vereação em peso, tal como presidentes de junta de freguesia e de união de freguesias, membros da Assembleia
Municipal e muito público (com notória ausência da oposição, apenas para registo de memória futura).
Foi um momento único de otimismo e de fortalecimento da autoestima da alma courense. Vítor Paulo, sem tirar o devido mérito a António Pereira Júnior, foi incansável na gestão política desta obra, como tem sido inexcedível na criação de um novo sentir desta alma bem courense, que necessita de palavras positivas e viradas para o futuro.
Se os 8,8 quilómetros do percurso, com duas ligações intermédias e uma obra de arte (uma ponte para os caminhantes de Santiago, em Cossourado), são o que são, o certo é que terá um elevado impacto nas pessoas que entram e saem de Coura pela autoestrada, levando a que o concelho seja ainda mais visitado e escolhido como destino de eventos culturais.
Mais do que uma obra, a ligação à autoestrada é uma atitude mental que cada um de nós sentirá de modo muito particular.
Por isso, Coura está, sim, em grande! (José Augusto Pacheco)