“E vai pedir aquela estrela que me deixe lá viver…e sonhar!”, assim canta a música. Todos nós, em alguns momentos da vida, talvez em muitos ou menos, perdemo-nos em sonhos. Sonhos lindos… sonhos leves… sonhos caros… ou simplesmente sonhos não alcançados ainda. E outros talvez impossíveis de concretizar. Tal como todos, ao longo da vida, fui sonhando. Os meus sonhos transformaram-se com o avançar da idade. E tal como vocês, caros leitores, fui concretizando alguns. Outros ficaram para trás. Um ou outro guardo-os na esperança de lá chegar.
O porquê desta minha introdução deve-se sobretudo à palavra “sobe”. Tudo sobe! Hoje até alguns motivos supérfluos nos levam a subir até àquela estrela bem-dita. O nosso dia-a-dia, a nossa realidade associada ao enquadramento social mas sobretudo fiscal leva-nos por vezes a sonhos que outrora eram classificados como banais. A maioria das famílias portuguesas sonha em descomplicar a gestão do orçamento familiar. Frases como: “temos de reduzir o gasto com electricidade”, “este mês temos que gastar menos combustível”, “temos de diminuir os gastos fúteis ou não essenciais”, são cada vez mais frequentes no nosso dia-a-dia. Com toda a sinceridade, nunca pensei sonhar em dar elasticidade ao orçamento familiar cá de casa! E você, caro leitor?
Temos de gerir o nosso orçamento em função do que nos é imposto por governos mais centrados na saúde do Orçamento do Estado do que propriamente na saúde da sociedade em geral. Politiquices que de social pouco têm quando comparadas às vontades disfarçadas em controlar as massas… as famílias. Reduzem a nossa autonomia enquanto família, aumentando a nossa despesa em prol da saúde da despesa do Estado. Distraem-nos com medidas tipo esmola. Que nos dão esperança. Mas que infelizmente não passa disso!
Vamos a um exemplo actual do que eu acabo de escrever. é sobejamente conhecido por todos. O “sobe e sobe” dos combustíveis. Até há bem pouco tempo atrás, eram os impostos associados aos combustíveis que aumentavam e ajudavam o Estado a encher os cofres. O valor do petróleo estava mais baixo. Agora é o valor do petróleo que aumenta. E ao contrário do que nos tinha sido prometido, os impostos associados ao consumo de combustíveis não desceram! Uma promessa e nada mais do que isso!
Tal como vocês, também eu tenho que diminuir as despesas variáveis da família para contrariar a subida dos preços do combustível. Uma atitude que visa diminuir a probabilidade de crise no nosso orçamento familiar. E tudo isso em prol de um pais economicamente saudável. E não para aumentar a poupança das famílias em geral. As nossas poupanças fazem falta ao Estado. Já percebemos há muito que é nos nossos bolsos que as politicas vão buscar soluções. E nós o que ganhamos com isso? Abraços e sorrisos. Até quando iremos ter de diminuir os gastos no orçamento familiar para ajudar o país a manter-se saudável? Até quando este “sobe, sobe” do nosso “balão” até a “estrela” dos sonhos por uma vida familiar saudável?