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Futebolista Carlos, o final de uma vida ligada ao courense

18 de Julho de 2017 | José Miguel Nogueira
Futebolista Carlos, o final de uma vida ligada ao courense
Desporto

“Valeu a pena e vou sentir saudades”

Carlos Araújo, um dos eternos capitães do SC Courense, decidiu encerrar a carreira de jogador aos 36 anos, ao fim de 21 épocas ao serviço do único clube que conheceu ao longo da sua carreira, um exemplo magno de amor à camisola. Na hora do balanço, Carlos orgulha-se dos títulos conquistados ao serviço do clube e da carreira regular que fez dele um dos atletas com mais jogos realizados ao serviço do clube. Apenas a mágoa de não ter conseguido a subida de divisão pelo clube, que duas vezes esteve muito perto de acontecer. No futuro, não se vê a exercer cargos directivos, mas quer continuar ligado à formação do clube enquanto treinador.

Agora que deste a carreira por terminada, que balanço fazes do teu tempo enquanto jogador?

Vou sentir saudades, não tenho dúvidas. Mas pela reacção das pessoas que nos últimos tempos me têm abordado, posso dizer que me sinto de consciência tranquila e a pensar que tudo valeu a pena, que o trabalho foi bem feito. Acho que fiz muitas épocas de um nível bastante bom, penso que a minha carreira se pautou acima de tudo pela regularidade.

Foram cerca de 20 anos ligados ao SC Courense. Quais os momentos que recordas com mais alegria?

Mais concretamente foram 21 épocas como jogador do Courense, 2 de juvenil, 2 de júnior e 17 como sénior. No futebol  aquilo que normalmente guardamos com mais agrado são as conquista, eu não fujo à regra e aquilo que vou guardar para sempre são as 3 Taças de Honra que tive a felicidade de ajudar a conquistar. Em especial uma que conquistámos em Ponte de Lima contra a Barca por 2-1. Tínhamos uma belíssima equipa, que jogava bom futebol. Houve uma invasão de adeptos de Coura. No final foi uma enorme festa, lembro-me de uma enorme caravana a acompanhar o autocarro com dezenas de carros, inclusive fomos à varanda da Câmara mostrar a Taça. Posso orgulhar-me de estar incluído num restrito lote (eu, o Nino, o Luís Sá e o André Morais) de jogadores que no espaço de 6 épocas conquistaram 3 Taças de Honra da Associação de Viana. Provavelmente não foi a melhor geração do Courense, mas foi a que ganhou mais títulos. Obviamente faltou ser campeão, esteve muito perto de acontecer por duas vezes mas infelizmente não tive essa felicidade. Ao nível da luta pela subida, houve um jogo que ficará para sempre guardado como um jogo especial. Foi o último jogo da época 2011/12 em que podíamos ter sido campeões. Foi um dia especial por tudo o que envolveu o jogo, houve a maior enchente que há memória. Nós fizemos a nossa parte, vencemos o jogo, mas não dependíamos só de nos e a Barca venceu o jogo deles e foram campeões, nós ficámos em segundo com menos um ponto. Acabou por não ser o dia perfeito mas foi especial na mesma.

(…)

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