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POLÍTICA VERSUS FAMÍLIA

24 de Janeiro de 2017 | Eduardo Bastos
POLÍTICA VERSUS FAMÍLIA
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” Trabalho para os meus filhos e para os filhos dos outros”

De professor de História a presidente de Câmara. O percurso político de Vítor Paulo Pereira. Que hoje, pouco mais de três anos volvidos da sua eleição, diz que tudo fluiu de forma natural. “Há uma oportunidade que surge, mas que nem é muito segura. Vai medrando e a partir de certa altura estás metido no processo político. Aconteceu tudo de forma natural”, conta o presidente da Câmara de Paredes de Coura, explicando que no meio de todo esse processo, a família foi-se adaptando.

“Pode parecer um lugar-comum, mas é evidente que conciliarei sempre a vida política com a vida familiar, mas nunca trocarei a família pela política”, adianta, revelando que, “pode parecer estranho, mas nunca cheguei a ter uma conversa com a Andrêa [esposa] a dizer que ia para a política e que isto poderia colidir com a nossa vida familiar”.

Apesar disso reconhece que a família sai prejudicada nesta contabilidade entre universo político e familiar. “A minha família acaba por perder muito do tempo que posso disponibilizar para ela”, explica, acrescentando logo em seguida que, apesar disso, compreendem a situação porque “sentem que o trabalho que estamos a fazer na câmara é também para os meus filhos e para os filhos dos outros. Não é oportunismo político dizer isto”.

“Trazer mais auto-estima, mais orgulho, mais carinho a Coura. Isto pesa na balança”, refere Vítor Paulo Pereira (VPP). “Vai-se conciliando o trabalho e a família, sempre com algum sacrífico”, continua o autarca courense. Um esforço em que conta com o apoio da sua equipa de vereadores, com a qual reparte a carga de trabalho e de agenda. “Tento conciliar com a minha equipa, com os meus vereadores, a presença e o protocolo. Já muitas vezes fui convidado para determinadas situações e disse às pessoas que tinha a minha vida familiar e as pessoas vão compreendendo”, diz ainda o autarca, para quem “aquele tipo de político à moda antiga, que estava em tudo e em todo o lado, já não faz sentido. Pode ser produtivo para a popularidade, mas não é produtivo para os ganhos que a terra pode ter com a presença do presidente noutros espaços”.

Explicando que “o turbilhão de trabalho, de agenda, é de tal forma absorvente, completo, exaustivo e cansativo que muitas vezes perdemos sensibilidade e ganhamos muito pragmatismo”, VPP refere, contudo, que “devemos ganhar pragmatismo na resolução dos problemas, mas sem perder sensibilidade”. “E se não tivermos cuidado podemos perder alguma sensibilidade e não é só em relação às pessoas de Paredes de Coura, é à família e a todos os que nos rodeiam”. E dá exemplos. “Um dos esforços que tenho de fazer é que moro ao lado da casa dos meus pais e muitas vezes tenho de me organizar e de me lembrar para os ir visitar”.

(…)

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